Sim. O título é esse mesmo. E
não, não pretendo de forma alguma contestar as leis da Física; longe de mim! Até
porque eu nem entendo de Física mesmo...
Pois bem, era uma vez eu
universitária, e era uma vez o meio de condução que eu usava pra chegar até o
meu campus, e era uma vez Murphy que com certeza deve ser o dono da empresa de
transporte público até hoje!
Mesmo depois de terminar a
faculdade, eu ainda pego esse mesmo ônibus, e trocentos estudantes por dia se
locomovem por ele, e talvez até você já tenha se locomovido por ele! Todo
bat-dia, no mesmo bat-ponto. Só não com o mesmo bat-preço, que é sempre uma
surpresa! Você nunca tá pronto (nem avisado) pro dia em que a passagem vai
aumentar só mais um pouquinho em prol de sabe-se lá Deus o quê.
Aliás, eis outra coisa que me
intrigava na época e ainda não descobri: como é que pode, aumentar o preço da
passagem e reduzir a frota? E mais, por que só o “busão” que eu precisava não
tinha van com catraca e nem passava dia de domingo? As outras vans eram
Transporte Alternativo, mas a que eu andava era Transporte Seletivo! E mais
ainda, de quem é a culpa disso tudo pra eu poder reclamar direito? Minha? Sua?
Do buraco do metrô? Do prefeito, talvez? Não sei, não votei nele mesmo...
Mas voltemos ao ponto central do
assunto, este fenômeno tão fantástico do qual muita gente faz parte todas as manhãs
de segunda a sexta-feira (e às vezes aos sábados também), popularmente
conhecido como efeito “lata de sardinha”. Ele consiste em “acomodar” o maior
número possível de pessoas, bolsas, mochilas, malas, pastas, fichários,
celulares, Ipod’s, Iphones, notebooks, netbooks e o que mais você conseguir
carregar no trajeto, num espaço não expansível e inelástico atrás da catraca.
A aventura já começa no ponto de ônibus.
Porque ponto de ônibus por si só já é um lugar estranho (é o que eu acho). Quando
a condução esperada apontar no começo da rua, acene com vontade e use o seu
treinamento de ioga pra se infiltrar entre todas aquelas pessoas que sentem que
você vai subir no mesmo ônibus que elas e fazem um esforço tremendo pra sair pisando
em qualquer um que tentar entrar na frente.
Quando o ônibus finalmente parar
(porque com frequência o Sr. Motorista - que a sua mãe passe bem - pode
resolver passar direto por mais que você acene), suba. E caso consiga chegar até
o cobrador antes de seu ponto de descida ficar pra trás, pague a passagem, e é
bom que não precise de troco, o que vai evitar algumas dores de cabeça,
acredite. E reze; mas com bastante fé e vontade pra que aquela população toda
do seu lado, do outro, na frente, atrás e sobre a sua cabeça, desça pelo
caminho, e de preferência antes de você. No começo assusta um pouco, mas logo
você se acostuma. É lotado assim mesmo, e todo mundo vai realmente descer no
mesmo lugar, e enfim, você acostuma.
Mas o que eu quero dizer com isso
tudo é que... Bom, na verdade eu só queria mesmo compartilhar esses pensamentos
todos... Será que deu pra convencer?
E no fim das contas reparei que
cometi mesmo um erro no título. Mas corrijo agora: “Dois OU MAIS corpos podem
SIM ocupar o mesmo lugar no espaço”. E é nessa hora que eu penso que deveria
ficar milionária e só andar de táxi. Ou talvez seja a hora de comprar uma
bicicleta...
compra a bike!
ResponderExcluirah, e curti o blog! vou visitar mais. :)
ResponderExcluirOi, o Roger é tudo, bela escolha e belo texto.
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