quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A tal da academia...

Com essa nov(a)idade que arrumei e essa coisa de ter ¼ de século, tem uma questão que vem me incomodando agora: A Lei da Gravidade...

Diz que ela chega assim, sem avisar, e de repente o que você conhecia como “seu braço” passa a se chamar “músculo do tchau” (ou como diria um amigo blogueiro: “é um músculo isso?”) e aí não tem mais jeito: tudo cai. É hora de sair do “contém glúten” para o “contém glúteo”. É hora de apelar pra tal da academia.

Mas antes de chegar lá (além de enrolar descaradamente), me recusei a pagar tanto por uma coisa que eu não tava nem um pouco a fim de fazer, procurei um horário que se encaixasse nos meus, afinal de contas eu trabalho, tem os freelas, os ensaios e blá blá blá... Mas acabei achando uma no centro da cidade e abria às 6h da manhã. E foi aí que acabaram-se todas as desculpas. Me matriculei.

E no meio de todo aquele povo investindo pesado no Projeto Verão por quilinhos a menos e curvinhas a mais, o meu "diagnóstico" era uma série pra ganhar peso...

Oi?
Pois é. A pessoa vai pagar academia pra pesar mais, pra aguentar mais peso e pra tal da massa muscular tomar parte no corpitcho. Vai entender... E como não achei ioga e nem aulas de dança em locais e horários compatíveis com a minha pessoa, lá fui eu levantar pesinhos...

Ainda assim, com quilos a mais ou a menos, acho que academias são especialmente construídas pra você se sentir a pessoa mais sedentária do planeta...

Os instrutores já chegam felizes, bem-humorados, com o bronze de quem trabalha no litoral e dando bom dia pra todo mundo ligando o som pra tocar uma baladinha putz putz versão remix. E eu pensando quem raios no mundo faz isso às 6 da manhã, Deus?

Mas acontece que nesse horário, além de ser o que sobrou na agenda, tem muito menos gente e a chance de se pagar um mico de sedentarismo é bem menor. Menor, mas não impossível.

E aí vem a minha segunda teoria...

Porque enquanto você tá lá tentando sobreviver a 20 minutos de esteira, feliz da vida (na medida em que é possível ser feliz fazendo ginástica num horário desses) por chegar à velocidade 3,5 e espera evoluir pra velocidade 5 (pra quem pensou na dança do créu esqueça agora, ok?!), surge uma infeliz à sua direita, outra à sua esquerda, dando bom dia e já colocando os aparelhos na velocidade 8. E começam a correr! E aí pulam pra ala da musculação pra várias séries de 10 alternando halteres enquanto eu to lá, pesinhos de 1kg, uma série para a parte superior, outra série pra trabalhar a parte inferior e o rótulo de sedentária perdida no meio da testa...

Revolta mental: Essas pessoas são contratadas... Certeza, certeza, certeza!

E eu cada vez mais consciente de que to completamente fora de forma...

Mas segundo a lenda, é só uma questão de tempo entre você inventar qualquer desculpa pra fugir de certos aparelhos e curtir tanto a coisa que não vive mais sem! A minha esperança é que se eu me dedicar direitinho vou realmente gostar disso e ainda vou poder ficar esnobe só pra revidar, porque apesar de tudo, sempre vai existir alguém ainda mais fora de forma e com 3 pizzas a mais na cota de exageros do final de semana. Fica a dica!





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Aí eu ganhei uma boneca (ou porque não é todo dia que sua irmã mais nova faz 15 aninhos)

Quando eu era pequena, antes de ser publicitária ou querer pintar ou cabelo de ruivo (o que continuo querendo mas ainda não fiz sei lá por que), eu queria ter um cabelo bem liso, comprido, olhos grandes, castanhos, que mudavam de tom no sol, e achava bonito gente assim, toda miudinha, simplesmente por estar meio enjoada de ser a mais alta da sala e a última da fila sempre.

Depois de alguns anos mentalizando essas coisas, eu ganhei uma boneca. Pequenininha, cabelos lisos e os olhos grandes de uma cor que eu não sabia definir exatamente, mas belos justamente por isso! E cílios grandes que piscavam devagar e borboletinhas coloridas no cabelo...

E como toda boneca favorita, ela cantava comigo e inventava passos novos pela sala e aprovava todas as invenções culinárias que se parecessem com brigadeiro, granulado e bolo de chocolate!

Com o tempo, descobri também que a minha boneca tinha o meu riso preferido em todo o mundo! Mas o mais incrível era que, conforme eu ia crescendo, desconfio que ela ia também, e chego a ter a impressão de que às vezes ela bem poderia me colocar no colo, porque a Ex de Murphy ainda tem medo de relâmpagos e pensa duas vezes antes de atravessar um corredor no escuro.

Aí eu fico pensando porque foi que eu demorei tanto tempo pra ganhar essa boneca de presente. E fico achando ao mesmo tempo que não poderia ser de outra forma, mas que o pensamento é inevitável, já que ela tem tanta coisa das minhas próprias projeções, mesmo se a minha boneca ainda não descobriu Fernando Pessoa, não aderiu ao rock ´n roll e não discute horas sobre a psiquê controversa do Batman, as filosofias por trás d’A Origem e da Matrix e nem acha que o Keanu Reeves é essa coisa toda também...

Mas ela é uma boneca, não um clone, não é?!

E a verdade mesmo é que isso nem é um post. É um cartão de aniversário pra tentar fazer uma coisa muitíssimo difícil que é explicar uma coisa indizível e tão fora do normal quanto o fato de “amo mais que cebola” fazer todo o sentido do mundo. Quem tá assoprando as velinhas sabe exatamente do que eu tô falando, e esse foi o jeito mais coruja que eu arrumei de dizer isso!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ah, o ano novo...


Comemorei meu aniversário feliz da vida e parti pras festas de fim de ano com a voz da Rogéria e tossindo mais que fumante em fim de carreira... Mas ainda assim, feliz da vida!

O plano era cantar no Natal e no Ano Novo numa cidade, arrumar mudança no Natal e no Ano Novo (sim, estou de mudança) em outra cidade, visitar os parentes no Natal e no Ano Novo em outra cidade que fica num outro estado. Tudo ao mesmo tempo. Simples assim.
Se deu pra fazer tudo? Então...

Autoclonagem pra conseguir estar simultaneamente em todos os lugares ainda é coisa pro Dr. Manhattan, logo, não deu, e tive que decidir as programações por eliminação mesmo...

Murphy fez uma parceria com o sistema meteorológico, e o mix de sol extra-forte com chuva extra-intensa e vento e chuva e sol de novo e um calor nada educado levaram embora todo o vocal, que por um acaso não voltou até hoje, e destruíram a primeira opção. Portanto, sem cantar por tempo indeterminado... Humpf!

Assim, lá fui eu me dividir entre as outras duas opções: Natal com os parentes e uma semana pra dar um jeito na mudança antes de voltar ao trabalho.

Resumo 1: minha família é uma graça, nada nesse mundo paga 3 dias de preguiça na casa da avó e uma virada do ano com sessão da Xuxa no videokê - mesmo sem poder cantar - e retorno pra terminar a ceia e o papo no dia seguinte!

Resumo 2: malas que não comportam meia metade do que eu pretendo carregar e o meu creme de cabelo em falta no revendedor, que além de tudo ainda resolveu que vai sair de férias na primeira semana do mês...

Pausa pro colapso emocional!

E nesse meio tempo observei algumas coisas interessantes:

* Fazer mudança é a melhor maneira de se livrar de coisas que você nunca usou mas sempre teve mil e tantos motivos indiscutíveis pra não ter jogado fora antes.

* Sobre o tópico acima, a falta de espaço na sua nova moradia contribui também. E muito!

* Foi a primeira vez que passei um réveillon inteiramente vestida de branco (à exceção da sapatilha rosa. Sim, ando ficando uma meiguice só...), e juro que nunca vi tanta chuva de uma vez!

* Nunca mais (mas nunca mais mesmo!) pretendo pegar a estrada no dia 1º de janeiro. As rodovias ficam lotadas, as rodoviárias ficam lotadas, as passagens esgotadas, os meios atrasados e os passageiros bastante irritados - achei que ia apanhar. É sério!

De qualquer forma, a proposta do post de aniversário de prestar mais atenção às promessas que eu mesma invento continua de pé, e a nova meta é seguir todas da forma mais divertida possível!
\o/ Feliz Ano Novo! \o/